Verão como linguagem: a ativação sensorial do Le Bon Marché em Paris
- Helena Dezem
- 3 de jun.
- 2 min de leitura
Verão, Paris e uma ideia: e se o varejo pudesse ser um território de pausa, luz e presença? No Le Bon Marché Rive Gauche, a ativação Tout Beau et Tout Bronzé transforma o espaço comercial em uma narrativa sensorial de verão — onde cada gesto comunica mais do que produtos.

Paris, verão. E uma nova estação não chega apenas com sol — ela chega com gestos. O Le Bon Marché Rive Gauche, ícone da elegância parisiense, entendeu isso com precisão e poesia. Até 24 de agosto, o grande magazine se transforma em um resort imaginário com a ativação sensorial Tout Beau et Tout Bronzé — um convite a viver o verão como experiência estética, emocional e cultural.

Ao atravessar o átrio principal, o visitante já é transportado para outra paisagem simbólica: o saguão torna-se um castelo de areia monumental, pontuado por baldes coloridos, balões em escala poética e uma atmosfera de leveza lúdica. Mais do que cenário, a intervenção propõe uma pausa sensível no tempo — como se a arquitetura respirasse férias.
Cada andar do Le Bon Marché compõe uma etapa dessa viagem imaginária. A experiência se estrutura como um diário de bordo, em que cada colaboração é uma página sensorial. Hotéis-referência como Lily of the Valley e Belmond Villa Sant’Andrea compartilham criações exclusivas — de joias assinadas por Aurélie Bidermann a peças que evocam a dolce vita com sofisticação solar. Uma curadoria que expande os limites do retail design tradicional e transforma o consumo em linguagem.

Entre os destaques, a designer colombiana Johanna Ortiz assina um espaço de 220 m² chamado La Plaza — uma ambientação que remete às praças de vilarejos latino-americanos. Vestidos com estampas tropicais dividem a cena com um café afetivo e uma banca de flores frescas. Um lugar onde o verão adquire textura, luz e intenção.

A ativação vai além da moda. Utensílios domésticos em cores vibrantes, cerâmicas autorais e têxteis para longos almoços sob o sol compõem uma mise-en-scène que celebra o cotidiano como arte. Em outro ponto do espaço, pulseiras são personalizadas com fitas e pequenos amuletos — não como lembranças comuns, mas como gestos de memória.

O poder de Tout Beau et Tout Bronzé está na delicadeza com que trata o efêmero. Nada é óbvio, nada se impõe. A experiência propõe um ritmo desacelerado e sensorial, em que o olhar se amplia e o corpo repousa. Trata-se de consumo com presença — uma nova forma de habitar o varejo.
Para quem enxerga o espaço comercial como linguagem e não apenas como função, essa ativação é uma referência exemplar. Ela reafirma a potência das experiências físicas de marca como território de expressão, pertencimento e cultura. Um convite à leveza, ao repertório e àquilo que permanece.

Leve isso com você: alguns verões são só estação. Outros, se tornam linguagem.
Fonte: LVMH
Imagens: LVMH / Divulgação
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