Mais que uma gelateria: o que a nova ativação da Louis Vuitton revela sobre branding sensorial
- Helena Dezem
- há 6 dias
- 2 min de leitura
Um gelato artesanal, duas criações autorais e uma estética minuciosamente desenhada: em sua nova ativação na Toscana, a Louis Vuitton inaugura uma gelateria sazonal que mostra como o luxo também se expressa por meio da leveza, do afeto e da construção simbólica da experiência.

No charmoso Forte dei Marmi, na costa da Toscana, a Louis Vuitton acaba de inaugurar sua primeira gelateria sazonal — uma ativação que transforma o simples gesto de tomar um sorvete em uma experiência estética, sensorial e cultural. Mais do que refrescar o verão europeu, o espaço reafirma o domínio da Maison francesa na criação de universos de marca que encantam, conectam e inspiram.

Localizado em frente à boutique da marca na Via Giosuè Carducci, o quiosque funciona todos os dias, de junho a setembro, das 10h às 22h. Com design que remete às feiras de verão italianas, o projeto incorpora o tom verde característico da cidade e aposta em elementos personalizados: copos, embalagens, guardanapos e até as cialdas (bolachas finas e crocantes usadas para acompanhar sorvetes) em forma de flor foram criados especialmente para a ocasião. Uma escultura da mascote Vivienne recepciona os visitantes, reforçando a atmosfera lúdica e fotogênica da ativação.

Os sabores foram desenvolvidos em parceria com a renomada gelateria Galliano, símbolo da tradição artesanal da região da Versilia. O cardápio reúne dez opções clássicas e duas criações exclusivas que traduzem o imaginário da marca:
Vivienne: gelato de leite português com toque de tangerina;
Gaston: uma releitura do tradicional zuccotto toscano, com bolo de pão-de-ló, crocante de praliné e gotas de chocolate amargo.
Essa gelateria faz parte da estratégia global da Louis Vuitton de investir em experiências de lifestyle que extrapolam o universo da moda. Iniciativas como o bonde Multicolor Monogram, que circula por Milão, ou as colaborações com chefs estrelados em Paris e outras capitais, mostram como a marca expande sua narrativa de luxo para novos formatos — sempre com curadoria estética e afeto simbólico.
Para quem observa do Brasil, essa ativação serve como inspiração. Ela demonstra como uma marca pode contar histórias, envolver o público e gerar desejo por meio de experiências físicas memoráveis — mesmo quando o produto é efêmero como um sorvete. O ponto de venda se torna cenário, o consumo vira ritual e o design assume protagonismo.
Mesmo que Forte dei Marmi esteja distante, a reflexão é próxima: que tipo de vivência sua marca pode proporcionar hoje?
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Imagens: ©Louis Vuitton / Divulgação
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